segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher





Foi a 8 de Março de 1910, numa Conferência Internacional da Mulheres, realizada na Dinamarca, que ficou decidida a escolha deste dia para comemorar a mulher e a sua luta por direitos sociais e políticos num mundo marcado e dominado pelo homem.
Faz hoje 100 anos.

Um dia para não deixar cair, no esquecimento dos tempos, as primeiras mulheres que ousaram desafiar os poderes estabelecidos. Para recordar e prestar homenagem.
Para lembrar também todas as mulheres e a sua luta pela vida de todos os dias.

Mês de Março. Um mês que ficou na memória:

8 de Março de 1857. Aconteceu em New York. Operárias têxteis entraram em greve, ocupando a fábrica. Exigiam redução do seu horário de trabalho de 16 para 10h diárias. Foram fechadas na fábrica. Rebentou, entretanto, um incêndio. Cerca de 130 mulheres morreram queimadas.

25 de Março de 1911. Também em New York. Um incêndio numa fábrica têxtil, matou 146 operárias. Por ausência de condições de segurança.

Depois, houve muitas outras lutas. Nós herdámos as suas conquistas. E temos outras a conquistar...

Para todas as mulheres, um poema de Florbela Espanca, também ela uma lutadora...

Mais Alto

Mais alto, sim! mais alto, mais além
Do sonho, onde morar a dor da vida,
Até sair de mim! Ser a Perdida,
A que se não encontra! Aquela a quem

O mundo não conhece por Alguém!
Ser orgulho, ser águia na subida,
Até chegar a ser, entontecida,
Aquela que sonhou o meu desdém!

Mais alto, sim! Mais alto! A intangível!
Turris Ebúrnea erguida nos espaços,
À rutilante luz dum impossível!

Mais alto, sim! Mais alto! Onde couber
mal da vida dentro dos meus braços,
Dos meus divinos braços de Mulher!

5 comentários:

  1. eu acho o dia da mulher muito bem porque a mulher como o homem tem o direito social como politico

    ass:Ricardo Moreira 9ºB

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  2. Deixo aqui um poema sobre as mulheres, tal como a stora nos incentivou a fazer. É um poema de Eugénio de Andrade bastante inspirador:

    "Elas são as mães:
    rompem do inferno, furam a treva,
    arrastando
    os seus mantos na poeira das estrelas.

    Animais sonâmbulos,
    dormem nos rios, na raiz do pão.

    Na vulva sombria
    é onde fazem o lume:
    ali têm casa.
    Em segredo, escondem
    o latir lancinante dos seus cães.

    Nos olhos, o relâmpago
    negro do frio.

    Longamente bebem
    o silencio
    nas próprias mãos.

    O olhar
    desafia as aves:
    o seu voo é mais fundo.

    Sobre si se debruçam
    a escutar
    os passos do crepúsculo.

    Despem-se ao espelho
    para entrarem
    nas águas da sombra.

    É quando dançam que todos os caminhos
    levam ao mar.

    São elas que fabricam o mel,
    o aroma do luar,
    o branco da rosa.

    Quando o galo canta
    Desprendem-se
    para serem orvalho."


    Eugénio de Andrade

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  3. Aqui vos deixo um outro deliciante poema de Florbela Espanca:

    "Ó Mulher! Como és fraca e como és forte!
    Como sabes ser doce e desgraçada!
    Como sabes fingir quando em teu peito
    A tua alma se estorce amargurada!

    Quantas morrem saudosa duma imagem.
    Adorada que amaram doidamente!
    Quantas e quantas almas endoidecem
    Enquanto a boca rir alegremente!

    Quanta paixão e amor às vezes têm
    Sem nunca o confessarem a ninguém
    Doce alma de dor e sofrimento!

    Paixão que faria a felicidade.
    Dum rei; amor de sonho e de saudade,
    Que se esvai e que foge num lamento!"

    Florbela Espanca

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  4. Eu acho que o dia da mulher é muito importante por uma questão de direitos e moralidade.

    Nuno Gonçalves 9ºB nº14

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  5. Eu decidi falar de uma mulher poruguesa que é feminista e luta pelos direitos das mulheres.
    A senhora chama-se Maria Teresa Horta.

    Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa e fez a sua estreia no campo da poe­sia em 1960, com um livro de poemas cujo título é premonitório: Espelho Inicial. Jornalista de profis­são, o seu nome começa por ser associado ao grupo da «Poesia 61». Mas, a partir de 1971, devido ao escândalo que envolveu a publicação das Novas Cartas Portuguesas, de que foi co-autora, e ao processo judicial que se lhe seguiu, passa a ser vista como um expoente do feminismo em Portugal.

    Catarina Freire 9ºC

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